quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dei uma parada grande na leitura, tanto do livro do Fernando Morais "O Mago", quanto no novo livro do Paulo Coelho " o Vencedor esté Só" devido o corre corre da semana e a minha pós que está fazendo com que eu leia 10 vezes mais...rs...Isso é maravilhoso....Mas retomo minha opinião sobre eles logo logo....
;)

Fui!

Blog do Paulo

A prece da contemplação mística
Postado por Paulo Coelho em 22 de Agosto de 2008 às 00:15
Embora numerosos estudos judaicos falem da contemplação mística, o cristianismo - na sua luta para crescer e estabelecer-se - terminou restringindo esta prática aos monges que se isolavam no deserto.
A contemplação mística só vai ressurgir com força através dos escritos de Santa Tereza D’Avila e San Juan de La Cruz.
“Vá para um lugar silencioso, e deixe sua alma ajoelhar-se. Não pense em nada, apenas entregue-se”, diz um dos seguidores desta tradição.
“Tente unir seu desejo com o desejo de Deus. Em seguida, tente transformar seu desejo no desejo de Deus. Se você fizer isto durante duas semanas, cinco minutos por dia, o amor supremo - Agape - se manifesta. Ele trará de volta as cores de sua vida”.
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Dos elefantes voadores
Postado por Paulo Coelho em 21 de Agosto de 2008 às 00:26
Dois materialistas estão sentados na beira de uma estrada, quando passa um elefante voando. Um não olha para o outro – porque, é claro, elefantes não voam.
Cinco minutos depois, passa outro elefante voando. Desta vez eles se olham, mas não comentam nada – talvez estejam sendo vitimas de uma alucinação coletiva.
Materialistas só acreditam no que sabem explicar.
Até que passa o terceiro elefante voando. Agora já não dá mais para evita – é preciso encarar o assunto.
“Viu os elefantes?”, pergunta um.
O outro, morrendo de medo de parecer ridículo, concorda.
“Mas tem uma explicação”, diz o primeiro, e o segundo respira aliviado. “Qual a explicação?”, pergunta.
“O ninho deles é aqui perto”, diz o mais sábio.
Pronto. Está explicado, e podem continuar sendo materialistas.
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Da ponte
Postado por Paulo Coelho em 20 de Agosto de 2008 às 00:22
Muitas vezes temos que dar tempo ao tempo. Outras vezes, temos que arregaçar as mangas, e resolver - nós mesmos - determinada situação. Neste caso, não existe pior coisa do que adiar. Adiar traz angustias e sofrimentos desnecessários.
Eu aprendi a não adiar as coisas do modo que todo mundo aprende: levando na cabeça.
Quando tinha 10 anos, minha mãe me obrigou a fazer um daqueles chatíssimos cursos de educação física. Um dos exercícios que era pular de um píer na água. Eu morria de medo. Ficava no ultimo lugar da fila, e sofria com cada menino que pulava na minha frente - porque em pouco tempo chegaria o momento do meu salto. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu passei a ter coragem.
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Da cobra
Postado por Paulo Coelho em 19 de Agosto de 2008 às 00:31
Muitas vezes procuramos conscientemente algo que irá nos causar sérios problemas. Eduardo Vieira conta uma interessante fábula a respeito.
Um homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído. Vê uma cobra, ferida e quase morta de frio. “Me ajuda!”, diz ela.
“Você é perigosa”, responde o homem.
“Não vê que estou quase morrendo, e não posso lhe fazer mal nenhum?”, implora a serpente.
Compadecido, o homem a recolhe, e leva para a sua casa.
Durante algum tempo convivem em harmonia. Mas um dia, enquanto acariciava a cabeça da cobra, ele recebe uma mordida fatal.
“O que é isso?”, diz o homem, a beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho - e agora você me envenena?”
E a serpente responde: “mas você sabia que eu era uma cobra, não sabia?”
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Do amor do próximo
Postado por Paulo Coelho em 18 de Agosto de 2008 às 00:01
Muitas vezes é mais fácil amar que ser amado.
Temos dificuldades em aceitar a ajuda e o apoio dos outros. Nossa tentativa - inútil, por sinal - de total independência, termina não permitindo que nosso próximo tenha oportunidade de demonstrar seu amor.
Muitos pais roubam dos filhos a chance de dar o mesmo carinho e apoio que receberam quando crianças. Muitos maridos (ou mulheres) quando são atingidos por certas vicissitudes do destino, sentem-se envergonhados de depender do outro.
Não existe fraqueza nenhuma em aceitar um gesto de amor do próximo.
Às vezes, o ato de amar consiste em permitir que alguém nos ajude, que nos apóie, que nos de forças para continuar.
Se recebermos este amor com pureza e humildade, vamos entender que o amor não é dar ou receber - é participar.
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Da fé
Postado por Paulo Coelho em 17 de Agosto de 2008 às 00:53
Muitas pessoas dizem: “sigo a minha religião individual”. Que bobagem! O caminho é individual. Mas ele não existe sem a devoção coletiva - seja católica, protestante, judia, islâmica, etc.
Anthony Mello é autor de excelentes livros, com histórias de diversas tradições. Na dedicatória de um deles, sintetiza - com rara beleza - a importância da religião: “não posso esconder dos leitores a minha condição de sacerdote católico. Peregrinei por bom tempo, e livremente, por tradições não-cristãs, e até mesmo não-religiosas. Elas me enriqueceram, e exerceram grande influência na minha maneira de pensar. A Igreja, porém, é meu lar espiritual. Tenho noção das suas limitações, e até mesmo de sua estreiteza ocasional - o que me deixa embaraçado. Mas isto nunca irá destruir o fato de que foi ela que me formou, me moldou, e fez de mim o que sou”.
Pratique sua religião, seja ela qual for. Todos nós precisamos de um lar espiritual.
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Da noite vencida
Postado por Paulo Coelho em 16 de Agosto de 2008 às 00:52
Milton Ericksson é autor de uma nova terapia que começa a ganhar milhares de adeptos nos EUA. Aos 12 anos, foi vitima da poliomielite.
Dez meses depois de contrair a doença, escuto um médico dizer a seus pais: “seu filho não passa desta noite”.
Ericksson, logo em seguida, ouviu o choro de sua mãe.
“Quem sabe, se eu passar desta noite, ela talvez não sofra tanto?”, pensou. E decidiu não dormir até o dia amanhecer.
De manhã, gritou para a mãe: “Ei, continuo vivo!”
A alegria em casa foi tanta que, a partir daí, resolveu sempre resistir mais um dia, para adiar o sofrimento dos pais.
Morreu aos 75 anos, em 1990, deixando uma série de livros importantes sobre a enorme capacidade que o homem possui para vencer suas próprias limitações.
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Da loucura
Postado por Paulo Coelho em 15 de Agosto de 2008 às 00:23
Meu caro leitor ou leitora, preciso lhe dar uma notícia que talvez você ainda não saiba. Pensei em suavizar esta notícia, pintá-la com cores mais brilhantes, enchê-la com promessas de Paraíso, visões do Absoluto, explicações esotéricas. Mas, embora tudo isto exista, não vem ao caso tocar agora nestes assuntos.
Respire fundo e prepare-se. Sou obrigado a ser direto e franco e - posso assegurar - tenho absoluta certeza do que estou dizendo. É uma previsão infalível, sem qualquer margem para dúvidas.
A notícia é a seguinte: você vai morrer.
Pode ser amanhã, pode ser daqui a 50 anos, mas - cedo ou tarde - você vai morrer. Mesmo que você não concorde. Mesmo que tenha outros planos.
Pense com todo cuidado no que você irá fazer hoje. E amanhã. E no resto dos seus dias.
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Da ajuda
Postado por Paulo Coelho em 14 de Agosto de 2008 às 00:17
Mauro Salles me contou a seguinte história real:
O deputado foi contar a Tancredo Neves que um de seus assessores o criticava constantemente. E Tancredo respondeu: “mas como? Eu ainda nem o ajudei!”
Todos já experimentamos a ingratidão. Tancredo tratou o assunto com bom-humor e sabedoria; outros perdem a confiança no ser humano, e param de fazer qualquer coisa pelos outros.
Será que ajuda saber que isto não acontece só com você? Espero que sim. Porque as pessoas ingratas não podem moldar nosso comportamento. Elas não têm o poder de definir nosso caráter.
Deus - cuja opinião, no fundo, é a única que conta - jamais foi ingrato conosco. Vamos nos agarrar nisto; vamos continuar tentando nos comportar da maneira que queremos.
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Do aprendizado
Postado por Paulo Coelho em 13 de Agosto de 2008 às 00:23
Matarujo Yagyu viajou para encontrar-se com o célebre Mestre Banzo.
“Quantos anos levarei para ser um mestre?”, perguntou.
“A vida inteira”, respondeu Banzo.
“Não posso esperar tanto. E se eu estudar oito horas por dia, em quanto tempo aprendo os seus ensinamentos?”
“Talvez uns dez anos”, respondeu Banzo.
“Meu pai está velho, e breve terei que cuidar dele. Se eu fizer um esforço tremendo, e estudar 16 horas por dia, quanto tempo levarei?”
“Bem, neste caso terá que ficar trinta anos comigo. Os resultados rápidos levam mais tempo. Um pescador que não sabe manter a isca quieta, jamais pegará um peixe”.

Blog do Paulo

A prece da contemplação mística
Postado por Paulo Coelho em 22 de Agosto de 2008 às 00:15
Embora numerosos estudos judaicos falem da contemplação mística, o cristianismo - na sua luta para crescer e estabelecer-se - terminou restringindo esta prática aos monges que se isolavam no deserto.
A contemplação mística só vai ressurgir com força através dos escritos de Santa Tereza D’Avila e San Juan de La Cruz.
“Vá para um lugar silencioso, e deixe sua alma ajoelhar-se. Não pense em nada, apenas entregue-se”, diz um dos seguidores desta tradição.
“Tente unir seu desejo com o desejo de Deus. Em seguida, tente transformar seu desejo no desejo de Deus. Se você fizer isto durante duas semanas, cinco minutos por dia, o amor supremo - Agape - se manifesta. Ele trará de volta as cores de sua vida”.
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Dos elefantes voadores
Postado por Paulo Coelho em 21 de Agosto de 2008 às 00:26
Dois materialistas estão sentados na beira de uma estrada, quando passa um elefante voando. Um não olha para o outro – porque, é claro, elefantes não voam.
Cinco minutos depois, passa outro elefante voando. Desta vez eles se olham, mas não comentam nada – talvez estejam sendo vitimas de uma alucinação coletiva.
Materialistas só acreditam no que sabem explicar.
Até que passa o terceiro elefante voando. Agora já não dá mais para evita – é preciso encarar o assunto.
“Viu os elefantes?”, pergunta um.
O outro, morrendo de medo de parecer ridículo, concorda.
“Mas tem uma explicação”, diz o primeiro, e o segundo respira aliviado. “Qual a explicação?”, pergunta.
“O ninho deles é aqui perto”, diz o mais sábio.
Pronto. Está explicado, e podem continuar sendo materialistas.
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Da ponte
Postado por Paulo Coelho em 20 de Agosto de 2008 às 00:22
Muitas vezes temos que dar tempo ao tempo. Outras vezes, temos que arregaçar as mangas, e resolver - nós mesmos - determinada situação. Neste caso, não existe pior coisa do que adiar. Adiar traz angustias e sofrimentos desnecessários.
Eu aprendi a não adiar as coisas do modo que todo mundo aprende: levando na cabeça.
Quando tinha 10 anos, minha mãe me obrigou a fazer um daqueles chatíssimos cursos de educação física. Um dos exercícios que era pular de um píer na água. Eu morria de medo. Ficava no ultimo lugar da fila, e sofria com cada menino que pulava na minha frente - porque em pouco tempo chegaria o momento do meu salto. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu passei a ter coragem.
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Da cobra
Postado por Paulo Coelho em 19 de Agosto de 2008 às 00:31
Muitas vezes procuramos conscientemente algo que irá nos causar sérios problemas. Eduardo Vieira conta uma interessante fábula a respeito.
Um homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído. Vê uma cobra, ferida e quase morta de frio. “Me ajuda!”, diz ela.
“Você é perigosa”, responde o homem.
“Não vê que estou quase morrendo, e não posso lhe fazer mal nenhum?”, implora a serpente.
Compadecido, o homem a recolhe, e leva para a sua casa.
Durante algum tempo convivem em harmonia. Mas um dia, enquanto acariciava a cabeça da cobra, ele recebe uma mordida fatal.
“O que é isso?”, diz o homem, a beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho - e agora você me envenena?”
E a serpente responde: “mas você sabia que eu era uma cobra, não sabia?”
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Do amor do próximo
Postado por Paulo Coelho em 18 de Agosto de 2008 às 00:01
Muitas vezes é mais fácil amar que ser amado.
Temos dificuldades em aceitar a ajuda e o apoio dos outros. Nossa tentativa - inútil, por sinal - de total independência, termina não permitindo que nosso próximo tenha oportunidade de demonstrar seu amor.
Muitos pais roubam dos filhos a chance de dar o mesmo carinho e apoio que receberam quando crianças. Muitos maridos (ou mulheres) quando são atingidos por certas vicissitudes do destino, sentem-se envergonhados de depender do outro.
Não existe fraqueza nenhuma em aceitar um gesto de amor do próximo.
Às vezes, o ato de amar consiste em permitir que alguém nos ajude, que nos apóie, que nos de forças para continuar.
Se recebermos este amor com pureza e humildade, vamos entender que o amor não é dar ou receber - é participar.
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Da fé
Postado por Paulo Coelho em 17 de Agosto de 2008 às 00:53
Muitas pessoas dizem: “sigo a minha religião individual”. Que bobagem! O caminho é individual. Mas ele não existe sem a devoção coletiva - seja católica, protestante, judia, islâmica, etc.
Anthony Mello é autor de excelentes livros, com histórias de diversas tradições. Na dedicatória de um deles, sintetiza - com rara beleza - a importância da religião: “não posso esconder dos leitores a minha condição de sacerdote católico. Peregrinei por bom tempo, e livremente, por tradições não-cristãs, e até mesmo não-religiosas. Elas me enriqueceram, e exerceram grande influência na minha maneira de pensar. A Igreja, porém, é meu lar espiritual. Tenho noção das suas limitações, e até mesmo de sua estreiteza ocasional - o que me deixa embaraçado. Mas isto nunca irá destruir o fato de que foi ela que me formou, me moldou, e fez de mim o que sou”.
Pratique sua religião, seja ela qual for. Todos nós precisamos de um lar espiritual.
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Da noite vencida
Postado por Paulo Coelho em 16 de Agosto de 2008 às 00:52
Milton Ericksson é autor de uma nova terapia que começa a ganhar milhares de adeptos nos EUA. Aos 12 anos, foi vitima da poliomielite.
Dez meses depois de contrair a doença, escuto um médico dizer a seus pais: “seu filho não passa desta noite”.
Ericksson, logo em seguida, ouviu o choro de sua mãe.
“Quem sabe, se eu passar desta noite, ela talvez não sofra tanto?”, pensou. E decidiu não dormir até o dia amanhecer.
De manhã, gritou para a mãe: “Ei, continuo vivo!”
A alegria em casa foi tanta que, a partir daí, resolveu sempre resistir mais um dia, para adiar o sofrimento dos pais.
Morreu aos 75 anos, em 1990, deixando uma série de livros importantes sobre a enorme capacidade que o homem possui para vencer suas próprias limitações.
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Da loucura
Postado por Paulo Coelho em 15 de Agosto de 2008 às 00:23
Meu caro leitor ou leitora, preciso lhe dar uma notícia que talvez você ainda não saiba. Pensei em suavizar esta notícia, pintá-la com cores mais brilhantes, enchê-la com promessas de Paraíso, visões do Absoluto, explicações esotéricas. Mas, embora tudo isto exista, não vem ao caso tocar agora nestes assuntos.
Respire fundo e prepare-se. Sou obrigado a ser direto e franco e - posso assegurar - tenho absoluta certeza do que estou dizendo. É uma previsão infalível, sem qualquer margem para dúvidas.
A notícia é a seguinte: você vai morrer.
Pode ser amanhã, pode ser daqui a 50 anos, mas - cedo ou tarde - você vai morrer. Mesmo que você não concorde. Mesmo que tenha outros planos.
Pense com todo cuidado no que você irá fazer hoje. E amanhã. E no resto dos seus dias.
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Da ajuda
Postado por Paulo Coelho em 14 de Agosto de 2008 às 00:17
Mauro Salles me contou a seguinte história real:
O deputado foi contar a Tancredo Neves que um de seus assessores o criticava constantemente. E Tancredo respondeu: “mas como? Eu ainda nem o ajudei!”
Todos já experimentamos a ingratidão. Tancredo tratou o assunto com bom-humor e sabedoria; outros perdem a confiança no ser humano, e param de fazer qualquer coisa pelos outros.
Será que ajuda saber que isto não acontece só com você? Espero que sim. Porque as pessoas ingratas não podem moldar nosso comportamento. Elas não têm o poder de definir nosso caráter.
Deus - cuja opinião, no fundo, é a única que conta - jamais foi ingrato conosco. Vamos nos agarrar nisto; vamos continuar tentando nos comportar da maneira que queremos.
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Do aprendizado
Postado por Paulo Coelho em 13 de Agosto de 2008 às 00:23
Matarujo Yagyu viajou para encontrar-se com o célebre Mestre Banzo.
“Quantos anos levarei para ser um mestre?”, perguntou.
“A vida inteira”, respondeu Banzo.
“Não posso esperar tanto. E se eu estudar oito horas por dia, em quanto tempo aprendo os seus ensinamentos?”
“Talvez uns dez anos”, respondeu Banzo.
“Meu pai está velho, e breve terei que cuidar dele. Se eu fizer um esforço tremendo, e estudar 16 horas por dia, quanto tempo levarei?”
“Bem, neste caso terá que ficar trinta anos comigo. Os resultados rápidos levam mais tempo. Um pescador que não sabe manter a isca quieta, jamais pegará um peixe”.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Paulo na Rolling Stones

A Força de Paulo Coelho
Ricardo Franca Cruz
O mais universal dos escritores brasileiros lança um novo livro e se equilibra na tênue linha entre a matéria e o espírito
Da pequena varanda do 3º andar do edifício construído durante os anos 20 no 16º Arrondissement de Paris, na margem direita do rio Sena, a voz anasalada grita meu nome e chama minha atenção com um carregado sotaque carioca: “Um incêndio! Ali na frente! Espere, eu vou descer!”. Na rua, a poucos passos, uma pequena multidão assiste à fumaça escura sair de duas janelas no alto de um prédio côncavo de apartamentos residenciais. Em alguns minutos, o dono da voz, um senhor branco de 61 anos, praticamente careca, salvo uma rala camada de finos fios brancos que lhe cobre a cabeça, nariz e bolsas proeminentes embaixo dos olhos, lábios grossos, cavanhaque branco, menos de 1,70m e uma pequena barriga saliente, está ali, acompanhado de sua esposa. Quer saber o que apurei sobre o incêndio e, sabendo que nada sei, parte para o meio das pessoas, como o cidadão local que é e o repórter que já foi. “O apartamento é daquela menina ali”, e aponta para uma jovem de pés descalços, como se tivesse saído de casa às pressas. “Ela não sabe como começou o fogo, a esta altura os bombeiros já deveriam ter chegado”, ele comenta com a esposa. As sirenes se fazem ouvir. O casal fica impressionado com a calma dos vizinhos ao lado e abaixo do apartamento em chamas que, de suas janelas, acompanham a fumaça densa se dissipar na noite. Uma rápida caminhada em direção ao rio e eles estão, curiosos, em frente à entrada principal do prédio, onde os bombeiros já conectaram uma potente mangueira à rede de água da cidade. Assista aos bastidores do ensaio fotográfico, que aconteceu no apartemento do escritor em Paris
Puxando a esposa, a artista plástica Christina Oiticica, pela mão, Paulo Coelho pára e vê de perto um backlight com um pôster de Cidade dos Homens, que estrearia em menos de uma semana nos cinemas parisienses. Cinéfilo, pergunta: “Você viu este filme?” À resposta afirmativa, emenda: “É bom?” Digo que a obra – “Cité des Hommes” na França, que receberia mais elogios que críticas negativas nos jornais do país –, apesar da promessa silenciosa de ser um novo Cidade de Deus ou algo do mesmo nível, é uma das mais “mais ou menos” entre as recentes produções nacionais. Dificilmente ele o assistirá em uma sala de cinema. “Pirateio muitos filmes pela internet, assim como deixo piratearem todos os meus livros.”
Quatro horas antes, pontualmente às 19h, com o dia ainda claro lá fora, é o próprio Paulo Coelho que abre a porta de seu apartamento parisiense para uma entrevista cuja duração fora previamente acertada: três horas exatas. Gentil e calorosamente, apresenta a esposa e Paula, sobrinha e assistente, que mora no apartamento e chefia uma equipe de quatro pessoas que mantém o blog, os sites e as páginas do escritor nas redes sociais virtuais. Ele veste uma camisa pólo preta por dentro da calça jeans desbotada, tênis branco de corrida e um imponente relógio de marca fina. Pede alguns minutos para terminar de responder a um e-mail e logo convida à sala de estar. Oferece: “Champanhe ou vinho?” Vinho. Como canta Mick Jagger, inspirado pelo autor russo Mikhail Bulgakov, o brasileiro mais lido no mundo é um homem de riqueza e bom gosto. A riqueza mais óbvia e visível vem do que parece ser uma fonte inesgotável: um catálogo do qual constam 17 obras, incluindo o novo livro, O Vencedor Está Só, o primeiro do que se especula ser um contrato de muitos dígitos com a Ediouro, 74 editores espalhados pelo mundo, mais de 100 milhões de livros vendidos no globo em 66 línguas diferentes, os convites, cargos, prêmios e, principalmente, a fama e o poder de influência decorrentes disso tudo – ele é Mensageiro da Paz e Embaixador Europeu de Cultura, ambos postos da Organização das Nações Unidas, e Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra francesa criada por Napoleão Bonaparte. O bom gosto deve vir uma porção de berço, outra da voracidade pelos livros na juventude, outra do dinheiro, que começou a ganhar na música, como parceiro de mestre Raul Seixas, e usou, em boa medida, para viajar o mundo.
Milionário e espécie de trabalhador-bon vivant-internacional, é no plano humanista e objetivo que se encontra a interpretação de “riqueza e bom gosto” que mais se encaixa ao perfil do escritor carioca: tem a ver com as muitas e profundas experiências vividas e adquiridas ao longo do que Fernando Morais define na biografia O Mago como “trajetória extraordinária”.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 23 da Rolling Stone Brasil, agosto/2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

cont...

De arrependimentoPostado por Paulo Coelho em 30 de Junho de 2008 às 00:57 Todo mundo conhece uma velha expressão popular: “se arrependimento matasse…”.Acontece que arrependimento mata, se não procurarmos consertar o mal que fizemos. Ninguém pode se arrepender, e pronto. É preciso fazer alguma coisa, ou o remorso vai corroer nossas vidas. Só o desejo de agir justifica o pensamento sobre uma ação já executada.Sempre é possível pedir perdão, reparar um mal, recuperar algo que destruímos, mesmo quando a morte já se colocou entre nós e a pessoa a quem causamos mal. Neste caso, oramos pedindo que nos desculpe, e procuramos fazer um bem desinteressado a outro, oferecendo a tarefa em intenção de sua alma.Sempre é possível fazer alguma coisa.

Paulo...

TRECHO DA ENTREVISTA DE PAULO COLEHO AO ESTADÃO:E o que achou da sua biografia escrita pelo Fernando Morais?Extremamente correta. Continuo arrependido de ter aberto meus diários, mas tudo bem. A única falha do livro está no pouco espaço dedicado à busca espiritual, mas o Fernando não acredita em nada disso. E meus leitores adoraram, o que me confortou, pois eu esperava que perderia muitos fãs.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Presentes....Você.....Importância.....Vida...

Tá tarde, tenho que acordar cedo, mas não poderia de deixar de postar minha felicidade hoje. Recebi de uma pessoa especial um cesto contendo importâncias para a minha vida. Um carta, chocolates, um urso lindo de pelúcia e pra completar, nada menos que o novo livro do Paulo Coelho.
Essa pessoa apareceu na minha vida tem alguns meses, mas já tem um significado muito grande para mim. Eu agradeço, acima de tudo por ela existir. Te adoro de coração e saiba que, de tudo, o mais importante é saber que você faz parte da minha vida. Beijo grande....Estamos aí



ahhhhhhhhhhhhhhhhh "o Vencedor Está Só" que me aguarde....rs......

domingo, 3 de agosto de 2008

Sobre o Mago

Quando li essa entrevista do Paulo Coelho para o Estadão, fiquei admirada com suas palavras. E gostei ainda mais da sua colocação quando foi perguntado sobre a biografia que o Fernando Morais escrevedu sobre a sua vida:
(...)E meus leitores adoraram, o que me confortou, pois eu esperava que perderia muitos fãs.

Entrevista para o Estadão

Novo livro de Paulo Coelho espreita mundo dos famosos

Reuters

O escritor no festival de cinema de Cannes, cenário de sua nova obraSÃO PAULO - Inconformado com o abandono da mulher, industrial russo decide forçar sua volta ao custo de uma série de cinco assassinatos em apenas 24 horas. Para isso, escolhe um dos eventos mais midiáticos do mundo, o Festival de Cinema de Cannes, onde pululam produtores, atores consagrados, candidatas a atriz. Eis o ponto de partida escolhido por Paulo Coelho para compor seu 12º livro, O Vencedor Está Só, agora sob a chancela da Editora Agir (400 páginas, R$ 39,90), que lança hoje uma bem fornida edição: 200 mil exemplares.


"O formato é de romance policial, mas uso a violência para tratar do mundo das celebridades", conta Coelho, que conversou com o Estado por telefone, desde Paris. Com isso, ele oferece um retrato da chamada Superclasse, a elite da elite que define os rumos das pessoas. Intrigado com o poder desses magnatas e ele mesmo uma celebridade, Coelho pretende testemunhar contra a crise de valores de um universo que se alimenta apenas de aparências.

Na introdução, você escreve que, com esse livro, fotografou sua época. Você acreditou, então, que, para retratar o momento atual, o caminho seria um romance policial?

Não, seria retratar o luxo e o glamour. Veja um exemplo: quem pesquisa sites de notícia, como o da CNN, entre os fatos realmente relevantes, encontra algo como "Amy Winehouse deixa clínica". Mesmo que o interesse da pessoa seja outro, certamente ela vai acessar nessa notícia, mesmo que dure pouco. Ou seja, o primeiro clique será em um fato que não mudaria os rumos do mundo, como é o caso, por exemplo, da crise hipotecária dos Estados Unidos. A cultura das celebridades é muito forte e espelha nosso tempo. Tive a certeza disso a partir de uma pesquisa.

Como assim?

Consultaram adolescentes americanos sobre três possibilidades: ser senador dos Estados Unidos, um grande desportista ou assistente pessoal de uma celebridade. O resultado apontou 58 % preferindo ser assessor de alguém famoso. Ou seja, a celebridade preenche uma série de valores que não encontram eco no sistema, que sempre muito conservador. A fama normalmente é rebelde. Eu não me interessava pelos valores dos meus pais, mas sim no que preencheria meu universo, que foram os Beatles. A celebridade preenche esse vazio. Assim, para retratar o meu tempo, acreditei que o melhor seria tratar do mundo das celebridades, que também sempre me intrigou muito.

A idéia surgiu durante o Festival de Cinema de Cannes deste ano, do qual você participou?

Não, isso já me intrigava porque sempre trafeguei nesse universo da Superclasse, termo criado pelo ex-assessor do David Rothkopf sobre as pessoas que hoje controlam o pensamento e têm muita influência na agenda global - entre os brasileiros, além de mim, ele citou o presidente Lula e o ministro Celso Amorim. Ou seja, o culto das celebridades está cada vez mais difundido. Basta ver a diminuição de interesse, por exemplo, por revistas de turismo ou de carros. Por outro lado, crescem as tiragens de publicações luxuosíssimas e também das revistas mais baratas com tiragens gigantescas que tratam do mesmo assunto: celebridades.

E o que uma celebridade como você pensa do assunto?

Sempre me questiono sobre o que estou fazendo de errado por não entender como as coisas funcionam. Por isso, resolvi escrever o livro, que é absolutamente factual. Entre os personagens, 80% deles são inspirados em pessoas reais. Até mesmo o ritual do assassino em série foi construído a partir do relato de detetives e psicólogos. Construí um retrato do meu tempo.

Você temia não estar sendo fiel?

Sim. Quando cheguei a Cannes, para o festival deste ano, eu já tinha terminado o romance. E meu medo era não ter contado bem a história. Mas, lá eu me encontrei com minha agente, Mônica, que tinha lido o livro e que garantiu ser um retrato fiel. Isso me deixou mais aliviado.

Há um bom retrato de bastidores.

Sim, mas, para isso, precisei omitir minhas fontes. Porque as relações não funcionam como se acredita, ou seja, você chega com um projeto inovador, empolga um produtor que decide investir. Na realidade, ninguém te dá atenção. Para minha surpresa, quem define o que pode ser sucesso são agências de tendências, que já sabem o que vai acontecer. Pessoas muito bem treinadas que, andando na rua, freqüentando festas, percebem qual vai ser a próxima roupa da moda. Eu senti isso na pele quando era hippie - de repente, nossa forma de se vestir estava em butiques caríssimas. Isso empobreceu o movimento. A diferença é que hoje as tendências mudam com muito mais velocidade. Daí a total inutilidade da crítica nos dias atuais.

Como assim?

A crítica está profundamente arraigada a modelos que aconteceram a há 30, 40 anos. Hoje, ela interessa apenas a uma minoria. A crítica cultural hoje é jurássica. Seria fácil, no meu romance, julgar o culto da celebridade, mas meus personagens são pessoas com sonhos sinceros e que precisam lidar com uma realidade longe da esperada.

O caminho, então, é preocupante?

Sim, mas há saídas. O espírito da rebelião está presente, favorável a mudanças profundas. O mundo tem uma grande capacidade de renovação.

Por que você escolheu o gênero policial para contar a história e não, por exemplo, o de costumes?

Acho que fiz um romance de costumes, embora a violência, que normalmente domina a literatura policial, esteja presente. Na verdade, pretendi mostrar a forma absurda com que o uso da violência é justificado por "causas nobres". Isso é uma barbaridade, mas acontece. A tortura voltou a ser empregada hoje como uma forma de se conseguir uma confissão. Ora, eu fui torturado e me lembro que, em determinado momento, eu disse que assinaria qualquer documento só para acabar com o sofrimento. Confissão arrancada sob tortura não vale nada. Assim, a violência, ao lado do culto ao glamour, é um fio condutor.

E os bastidores do cinema? Você tem se aproximado desse meio, não?

É exatamente aquilo que está no livro. As situações são manipuladas por aqueles escritórios de tendência. Daí a quantidade de filmes sobre o mesmo tema que chegam ao mercado, que só são trocados quando se descobre uma nova tendência. Sobre minha aproximação, é verdade - algumas de minhas obras estão sendo adaptadas. Veronika Decide Morrer já foi filmado e está em fase de edição agora. Quem viu, garante que ficou muito bonito. O Alquimista começa a ser rodado em outubro e Onze Minutos também será filmado neste ano.

E a experiência de convocar as pessoas a apresentar propostas, via YouTube, para a filmagem de A Bruxa de Portobello?

Foi fantástica, uma surpresa maravilhosa porque as pessoas deixaram para o último dia (25 de julho) para se inscrever. Assim, até 20 de julho, só 30 propostas foram apresentadas. Mas, de repente, o número cresceu assustadoramente. E fiquei impressionado com a qualidade dos trabalhos: tem desde desenho animado, passando por apenas filmes narrativos, até aquelas produções que visivelmente custaram muito. Mas cometi um erro de não limitar o tempo de duração. Assim, acredito que a edição final vai resultar em um filme de, pelo menos, três horas, o que vai exigir um bom trabalho de veiculação.

E o que achou da sua biografia escrita pelo Fernando Morais?

Extremamente correta. Continuo arrependido de ter aberto meus diários, mas tudo bem. A única falha do livro está no pouco espaço dedicado à busca espiritual, mas o Fernando não acredita em nada disso. E meus leitores adoraram, o que me confortou, pois eu esperava que perderia muitos fãs.

sábado, 2 de agosto de 2008

Matéria da Folha de São Paulo

O que eu acabei de ler:

02/08/2008 - 08h51
"Bruxa de Barcelona" orienta Paulo Coelho
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EDUARDO SIMÕESda Folha de S.Paulo

As bem-sucedidas ações de promoção que cercam Paulo Coelho valeram uma menção na recém-lançada biografia "O Mago", do jornalista Fernando Morais. O livro trouxe à tona um personagem pouco conhecido da trajetória de Coelho, a carioca Mônica Antunes, 39, sua agente desde 1990, e que representa o escritor --e somente ele-- em 160 países. Segundo Morais, em entrevista acerca de marketing, Mônica teria dito que "nove entre dez idéias geniais do Paulo dão errado". O jornalista pediu um exemplo.

"Ela contou o que me parece um 'case' eloqüente, que é a história de mandar 'envelopar' os ônibus de Paris com a capa de 'Veronika Decide Morrer'. De todos os livros dele, 'Veronika" foi o que teve o pior desempenho na França. Um desastre atribuído à 'sabonetização' do livro, para a qual os franceses torceram o nariz", diz Morais. "Sem nenhuma dúvida, a grande maga da carreira do Paulo é a Mônica. Não por acaso, ela, com aquele ar angelical, é conhecida no mundo editorial como 'a bruxa de Barcelona'."
Dança com famosos
Em maio deste ano, Coelho esteve pelo que calcula ser a quinta vez no Festival de Cannes, que serve de pano de fundo para seu novo romance, "O Vencedor Está Só". Uma foto sua no tapete vermelho ilustra o material de promoção do livro, cujo manuscrito ele leiloou por US$ 243 mil na Croisette, dinheiro doado a uma associação beneficente. "Tem uma foto minha dançando com a Natalie Portman. Você pode achar isso aí facilmente em arquivo", conta o escritor.
O jornalista Paulo Roberto Pires, editor de Coelho em sua estréia na Agir, diz que o escritor é "muito consciente de todo o processo" que envolve seus livros, da publicação à promoção. "Mas acho que é um time que trabalha junto. O Paulo e a Mônica são muito complementares, ele dá muitas idéias."
O escritor, cujos demais livros pertencem ao catálogo da editora Planeta do Brasil, aceitou lançar o novo romance pela Agir seguindo orientação da agente. Mas não pisca quando o assunto é sua carreira e o peso mercadológico do lançamento.
"Nunca assinei, na minha vida, um contrato de um livro que eu já não tivesse escrito", afirma Coelho. "Claro que o sonho dos editores é assinar os próximos três ou quatro livros. Mas o que faz o nosso poder de negociação na saída, no lançamento de um livro, ser muito grande é que nunca há a garantia do próximo", afirma Coelho.
Quanto a idéias de marketing, o escritor tende a concordar com a avaliação de Mônica, que aparece na biografia de Fernando Morais. "Ela acha que eu sou uma nulidade. E eu estou convencido de que sim."
Coelho diz que Mônica o orientou a focar em duas coisas ligadas à sua promoção em 2008: a marca dos 100 milhões de exemplares vendidos, que será comemorada com uma festa para 500 convidados, 39 deles editores do escritor, em outubro, durante a Feira de Frankfurt, na Alemanha. E também os 20 anos de publicação do "Alquimista".
"Ela fez as editoras publicarem a versão comemorativa do 20º aniversário. Acompanhada de uma exposição itinerante das capas em todas as línguas", conta o escritor, cuja exposição já passou pela Espanha e pela Itália, e viaja neste segundo semestre para Alemanha, Noruega e México.
Banda larga
A internet é uma das principais ferramentas de promoção da imagem e obra de Paulo Coelho. Em seu blog, ele pediu que seus fãs postassem fotos segurando seus livros favoritos. Em junho, ele começou a promover no site de relacionamentos MySpace um concurso em que fãs farão um filme colaborativo, a partir de seu romance "A Bruxa de Portobello."
"Mas isso não foi idéia de marketing", defende o escritor. "A Mônica disse 'a gente vai vender mais 2.000 mil livros'. Acho que ela tem razão, mas é uma coisa que eu estou a fim de fazer, como a pirataria de meus livros que eu estimulei. Eu tenho essas boas idéias, mas muito mais derivadas do prazer do que do marketing."
Mônica Antunes diz que acha genial a presença de seu agenciado na internet, mas não vê as ações no mundo virtual como uma "possibilidade direta de promoção das vendas dos livros". "É um caminho interessante, e o Paulo tem um interesse genuíno", diz a agente, que relativiza também o poder de fogo da chamada "bruxa de Barcelona".
"Acho que a dupla funciona muito bem. Eu estudei engenharia e o Paulo é um artista. Juntos chegamos em algum ponto no meio", diz Mônica.